O Plano Museológico é uma ferramenta de gestão para os museus. Trata-se de um documento pautado num conjunto de Programas e Projetos e tem sua estruturação orientada pelo Estatuto de Museus. O Brasil possui mais de 3.600 museus, mas somente 25% deles possuem o seu Plano Museológico. (IBRAM, 2010)
Outro problema é a falta de esclarecimento sobre a sua importância. Muitos museus têm Plano Museológicos elaborados, cumprindo apenas uma formalidade da legislação. Todavia, as instituições museológicas devem ter a consciência de que elaborá-lo é apenas uma das etapas e o mais importante é a sua implantação. É a partir da sua implantação que o museu começa a perceber uma série de reflexões que o levará às mudanças. O Plano Museológico é um espelho do museu e é, ao mesmo tempo, o reflexo do que o museu quer e pretende chegar a ser.
A Tríscele tem desenvolvido uma metodologia para a elaboração e implantação de Planos Museológicos, em consonância com a Lei 11.904.
Mas o que é o Plano Museológico?
O Plano Museológico é o documento que fortalece e reafirma a importância do museu em todos os aspectos, tanto em sua imagem externa como nas metas e estratégias a serem conhecidas e compartilhadas. Alçado em um conjunto de Programas e Projetos, consonantes às diretrizes e leis museológicas vigentes, é dever de todo museu elaborar e implementá-lo.
O Plano Museológico é uma ferramenta imprescindível para o desenvolvimento de todos os trabalhos desenvolvidos pelo museu, estabelecendo a sua visão, a sua direção e os seus caminhos.
O Plano Museológico Começa com um Diagnóstico Museológico
A elaboração baseia-se no diagnóstico completo da instituição. Levando em conta os pontos fortes e frágeis, ameaças e oportunidades, aspectos socioculturais, políticos, técnicos, administrativos e econômicos pertinentes ao museu.
O Plano Museológico revela ao museu o seu lugar na mundo e a sua contribuição para a sociedade, esclarecendo de modo objetivo a Ideia de onde a instituição se encontra e para onde caminha, apontando as possibilidades para se atingir tais objetivos.
Por seu caráter político, técnico e administrativo, trata-se de um instrumento fundamental para a sistematização do trabalho interno e para a atuação do museu na sociedade. A elaboração do Plano Museológico baseia-se em diagnóstico completo da instituição, levando em conta os pontos fortes e frágeis, as ameaças e oportunidades, os aspectos socioculturais, políticos, técnicos, administrativos e econômicos pertinentes à atuação do museu.
O Plano Museológico Aponta um Diagnóstico Institucional
Compreendido como ferramenta básica de planejamento estratégico, de sentido global e integrador, o Plano Museológico é indispensável para a identificação da vocação da instituição, para a sua definição, ordenamento e priorização dos objetivos e das ações de cada uma de suas áreas de funcionamento, bem como fundamenta a sua criação ou fusão, constituindo instrumento fundamental para a sistematização do trabalho interno e para a atuação dos museus na sociedade.
Um Plano Museológico é, por sua vez, memória e futuro da instituição. É um instrumento que contribui para o fortalecimento institucional e potencializa a gestão do museu, sempre contemplando em oferecer ao seu público um serviço de qualidade. E um documento concreto e breve, de caráter útil e prático, com vigência entre três e cinco anos, e com vocação global que cumprem todos os aspectos da instituição.
O Plano Museológico é Estruturado em Programas e Projetos
O Plano Museológico tem a sua estruturação recomendada pelo Estatuto de Museus (Lei 11.904). Recomenda-se que ele seja elaborado de forma participativa. Isso inclui o conjunto dos funcionários dos museus, especialistas, parceiros sociais, usuários e consultores externos. O museu deve entender que essa ferramenta deve ser resultado de uma construção múltipla e, portanto, o mais democrática possível.
A delimitação dos Programas e Projetos Museológicos seguirá a realidade institucional, apontada nas duas etapas anteriores, de Diagnóstico Museológico e Diagnóstico Institucional. A partir deles é que se consegue entender todo o processo técnico-administrativo e financeira do museu, programando suas atividades em um cronograma pensado em curto, médio e longa prazo.
Programas e Projetos do Plano Museológico
- Programa e Projetos Institucionais
- Programa e Porjetos de Gestão de Pessoas
- Programa e Projetos de Acervos
- Programa e Projetos de Exposições
- Programa e Projetos Educativo e Culturais
- Programa e Projetos de Pesquisa
- Programa e Projetos Arquitetônico-urbanístico
- Programa e Projetos de Segurança
- Programa e Projetos de Financiamento e Fomento
- Programa e Projetos de Comunicação
- Programa e Projetos de Acessibilidade a Todas as Pessoas
Para saber mais, conheça o Plano Museológico que a Tríscele desenvolveu para o Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner, em Corupá/SC.
Texto esclarecedor: planejamento é imprescindível. Museu = espaço de alfabetização científica. Parabéns!!!
Olá Yára Christina, obrigado por se interessar pelos nossos textos.
A Tríscele tem atuado na perspectiva de que os museus devem sim, ser espaços de alfabetização científica. Para isso, nossos projetos são pensados com equipe multidisciplinar, formada por museólogos, historiadores e pedagogo. Para aprofundar mais ainda nossos conhecimentos, as propostas de mediação e de oficinas são pensadas com consultores, de acordo com a temática e a ênfase do museu. Já tivemos consultorias com físicos, matemáticos, gramáticos, químicos, entre outros.
esse planejamento conjunto reflete nos resultados! Nesse sentido, a Tríscele acredita sim que planejar é imprescindível!